Tiro no porta-leões
07-04-2021 - 06:14

É cada vez maior o descontentamento com o VAR. A anulação de um golo ao Sporting no jogo de Moreira de Cónegos foi um dos últimos tristes acontecimentos.

O fim-de-semana deixou fartos motivos para a discussão que tem andado por aí acerca do comportamento de alguns árbitros, sejam aqueles que atuaram dentro das quatro linhas ou os se mantiveram refastelados nos cadeirões da cidade do futebol, proferindo decisões nem sempre fáceis de entender.

Na verdade, a discussão à volta do VAR, sua eficácia e o contrário, está cada vez mais cerrada, o descontentamento alastra, inclusive em muitos outros países da Europa, o que vai certamente obrigar os responsáveis da FIFA e da UEFA a repensar o sistema implementado, e voltar atrás com algumas regras que já se provou não fazerem qualquer sentido.

Quando o sistema foi posto em prática, levantou-se uma onda de grande entusiasmo em todo o mundo. Era, sobretudo, a esperança de que a verdade desportiva iria erguer finalmente a sua bandeira, e que o futebol sairia enriquecido em todas as suas vertentes.

Afinal, ao contrário, são cada vez mais e mais fortes, as vozes que se levantam, às quais os responsáveis mundiais não podem fazer ouvidos moucos.

Um dos factos mais relevantes neste aspeto dos últimos jogos do campeonato teve a ver com a anulação de um golo ao Sporting no jogo de Moreira de Cónegos, porque um dos seus jogadores estava em posição ilegal por escassos dois centímetros. Trata-se, no mínimo, de uma situação ridícula, para a qual poderão ter contribuído fatores vários como, por exemplo, a deficiente colocação das câmaras televisivas no estádio do Moreirense, de que já se ouviu falar nas últimas horas em vários quadrantes.

Porém, acentue-se que o Sporting não cedeu um empate em campo exclusivamente por esta e outras decisões arbitrais, mas sobretudo por culpa própria: a má gestão do jogo, do princípio ao fim, e a falta de objetividade na procura do golo, que se tivessem sido evitadas ambas poderiam ter proporcionado um resultado favorável indesmentível.

Perante esta perda inesperada, e porque a concorrência direta não cedeu, a margem leonina passou a ser mais curta, mas ainda assim muito confortável se os comandados de Rúben Amorim inverterem a agulha já no próximo jogo e conseguirem exibições diferentes daquelas a que assistimos ultimamente nos jogos com o Santa Clara, Tondela e Vitória de Guimarães.

Faltam nove jornadas para terminar o campeonato e os principais participantes na corrida não deixarão de investir todos seus recursos para serem os primeiros a cortar o fio da chegada.