O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, insistiu esta quarta-feira que manter o Exército na fronteira entre Gaza e o Egito, conhecido como corredor de Filadélfia, é a única forma de exercer pressão para a libertação dos reféns ainda em Gaza.
"Sair de lá não vai trazer os reféns de volta", declarou Netanyahu num discurso em inglês proferido numa conferência de imprensa para a comunicação social estrangeira.
"Se queremos libertar os reféns, temos de controlar o corredor de Filadélfia", defendeu o governante, sublinhando que essa zona serviu durante anos como rota para o contrabando de armas procedentes do Irão, perante a passividade das autoridades egípcias, e que qualquer acordo sem essa cláusula seria uma ameaça para os israelitas, pelo que "não haverá acordo dessa forma".
O grupo islamita Hamas ameaçou esta quarta-feira que enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estiver no poder, mais reféns israelitas poderão morrer em Gaza.
"Se a agressão parar, os prisioneiros voltarão vivos. Se a agressão continuar, o seu destino é desconhecido. Cada dia que Netanyahu se mantiver no poder significará um novo caixão. A decisão é vossa", afirmou o grupo palestiniano num novo vídeo, segundo o jornal Filastin, ligado ao Hamas.