O primeiro-ministro saiu, este sábado, em defesa de Cristiano Ronaldo, a braços com acusações de violação e abuso sexual.
“As pessoas têm de saber, de uma vez por todas, que há um princípio fundamental que é a presunção de inocência. Não basta alguém ser acusado de uma coisa para ser culpado do quer que seja”, começou por afirmar António Costa aos jornalistas.
“Se há uma coisa que está provada é que Cristiano Ronaldo tem sido um extraordinário profissional, um extraordinário desportista, futebolista e alguém que tem prestigiado muito Portugal. O que mais desejamos é que nada alguma vez manche esse percurso de Cristiano Ronaldo”, desejou ainda, à margem da cerimónia que assinala, em Lanzarote, os 20 anos da atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
A braços com uma polémica que envolve o ministro da Defesa, o primeiro-ministro aproveitou para deixar um recado alargado: “não é possível estar a transformar em julgamentos populares permanentes aquilo que levou muitos anos a construir para a civilização, que é garantir que os julgamentos são feitos por um modo próprio e num local próprio, que são os tribunais”.
Na cerimónia em Lanzarote participa também o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanches, ao lado de quem António Costa anunciou que a Cimeira Ibérica terá lugar em novembro, na cidade de Valladolid.