Já está em vigor o Plano de Contingência de Saúde para o calor extremo
01-05-2019 - 10:03
 • Lusa

Até 30 de setembro, os serviços do SNS devem identificar as pessoas mais vulneráveis e garantir a existência de salas climatizadas, entre outras medidas. Documento lembra que Portugal é dos países mais vulneráveis às alterações climáticas.

O Plano de Contingência de Saúde Sazonal entra em vigor nesta quarta-feira. A Direção-Geral de Saúde (DGS) recomenda que todas as unidades do Serviço Nacional de Saúde estejam preparadas para responder a situações provocadas pelo calor.

O “Plano de contingência saúde sazonal – Módulo verão 2019”, em vigor até 30 de setembro, apresenta orientações estratégicas e referenciais para comunicação e gestão de riscos dirigidas à população e aos parceiros do setor da saúde.

Pretende ainda capacitar os cidadãos para a sua proteção e os serviços de saúde para a resposta ao aumento da procura.

O plano reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) implementarem Planos de Contingência de nível local e regional.

Segundo o plano, as instituições e serviços do SNS devem, entre outras medidas, promover a linha SNS 24 (808 24 24 24) como primeiro contacto com o sistema de saúde, garantir a articulação dentro e fora do setor da saúde, identificar previamente e gerir as necessidades em estruturas e equipamentos e recursos humanos, com especial atenção aos períodos de férias.

Garantir a existência de salas climatizadas e identificar as pessoas mais vulneráveis e prever a adaptação da sua medicação, quando aplicável, são outras das recomendações do plano.

O documento lembra que Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica.

Pelos potenciais efeitos na saúde das populações são ainda relevantes os afogamentos, as toxi-infeções alimentares, o aumento da população de vetores, nomeadamente mosquitos e carraças, e os incêndios, adianta o plano, advertindo que o potencial aumento da morbilidade pode conduzir a um aumento da procura dos serviços de saúde.