Dia 16 da guerra. UE aceita integração da Ucrânia e EUA anunciam novas sanções à Rússia
11-03-2022 - 20:26
 • João Malheiro

A NATO rejeitou uma "guerra aberta" com Putin. Instagram banido na Rússia. A Renascença resume mais um capítulo no conflito que abala a Europa.

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O 16.º dia da guerra entre Rússia e Ucrânia foi marcado por momentos mais diplomáticos do que bélicos.

A União Europeia (UE) aceitou integrar a Ucrânia, enquanto os Estados Unidos (EUA) anunciaram novas sanções a aplicar à Rússia.

Por sua vez, o Kremlin voltou a agir contras as redes sociais e a NATO rejeitou uma "guerra aberta" com Putin.

A Renascença resume mais um capítulo no conflito que abala a Europa.

A "noite histórica" em que a UE aceitou a Ucrânia

Os 27 Estados-membros da UE, reunidos em Versalhes, França, aceitaram apoiar “sem demora” a Ucrânia na integração europeia.

O Presidente da Lituânia escreveu no Twitter que os líderes europeus aceitaram a integração da Ucrânia após cinco horas de conversações.

“Noite histórica em Versalhes. Depois de cinco horas de discussão acesa, os líderes da União Europeia aceitaram a integração da Ucrânia na UE. O processo [de adesão] já começou. Cabe agora aos ucranianos a sua rápida conclusão. A Ucrânia é uma nação heroica que merece saber que é bem-vinda à UE”, escreveu Gitanas Nausėda.

A 28 de fevereiro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou o pedido formal para a entrada do país na União Europeia (UE). “É um momento histórico”.

EUA suspendem importações da Rússia

Os Estados Unidos suspendem algumas importações da Rússia, como por exemplo vodka, marisco e diamantes. O anúncio foi feito pelo presidente Joe Biden que insiste na necessidade de colocar pressão económica sobre Moscovo e isolar a Rússia.

Nesta declaração ao país, Biden anunciou que vai "assinar a lei que revoga o favorecimento das relações comerciais com a Rússia", uma medida que ainda tem de ser aprovada pelo Congresso norte-americano.

Biden garantiu ainda que Moscovo vai pagar um preço elevado se usar armas químicas na Ucrânia.

NATO recusa "guerra aberta" com a Rússia

A NATO não pretende "uma guerra aberta com a Rússia", declarou esta sexta-feira o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, à margem de um encontro diplomático que decorre em Antália, no sul da Turquia.

"Temos a responsabilidade de impedir que este conflito [entre a Rússia e a Ucrânia] se intensifique para além das fronteiras da Ucrânia e se torne numa guerra aberta entre a Rússia e a NATO", disse em declarações à agência noticiosa AFP, no decurso do Fórum diplomático organizado pela presidência turca.

Stoltenberg justificou desta forma a recusa da Aliança Atlântica em impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger a população dos bombardeamentos russos.

Semelhante medida "significaria estar preparado para abater aviões russos", assinalou, sublinhando que isso, "certamente, conduziria a uma guerra aberta".

O chefe da NATO, a organização militar ocidental que inclui a Turquia, apelou ainda ao Presidente russo, Vladimir Putin, que "ponha termo a esta guerra insensata" e se empenhe numa "solução política".

"A primeira medida seria garantir corredores humanitários que permitam às pessoas saírem e procurarem alimentos e medicamentos", indicou.

Instagram banido na Rússia

Depois de ter bloqueado Facebook, Twitter e Youtube há uma semana, a Rússia baniu agora o Instagram.

A informação foi confirmada na tarde desta sexta-feira pela agência de comunicações estatal Roskomnadzor.

A decisão foi tomada depois da "Meta", a empresa detentora do Facebook, Instagram e Whatsapp, ter decidido mudar a política de moderação da plataforma, que agora não sanciona os utilizadores que incitem à violência contra soldados russos no contexto da invasão à Ucrânia.

No entanto, o Whatsapp continua em funcionamento, por enquanto, em território russo.