A partir de agora os candidatos às Forças Armadas podem ser admitidos desde que meçam 1,54 metros, independentemente do género.
Antes, a altura mínima para os homens era 1,64 metros e para as mulheres 1,60. Agora o ministério da defesa decidiu que é igual para todos: 1,54 metros. E também foi eliminada a altura máxima.
E há outras mudanças?
Sim, há várias doenças crónicas que deixam de ser motivo para exclusão automática de candidatos.
É o caso, por exemplo, da diabetes tipo 2, que não seja tratada com insulina, das disfunções da tiroide ou outras de foro endocrinológico.
Estas situações passam a ser analisadas individualmente por uma junta médica, como já acontece, de restos, para a infeção pelo vírus VIH.
E quais é que são os motivos para exclusão?
A massa corporal é um factor importante. Ficam de fora os candidatos que tenham massa corporal inferior a 18 e superior a 30.
Outro critério obrigatório é a vacinação. E aqui é outra novidade, quem não cumprir o plano nacional de vacinas fica automaticamente excluído da vida militar.
Em matéria de doenças, a lista é longa, mas, por exemplo, não se aceitam candidatos que tenham tuberculose, lepra, sífilis, anemia. Também fica de fora quem sofre de insuficiência renal, tem doenças musculares ou de coluna.
E os critérios de “acuidade visual e perceção acromática” também foram revistos e alargados
Qual é o objetivo destas mudanças?
O principal objetivo é atrair mais candidatos.
As Forças Armadas há muito que se debatem com falta de efetivos, temos dado conta desse problema que se arrasta há muito tempo, e sem solução.
Há dificuldades em recrutar e nunca houve tantas saídas. Só no ano passado, de acordo com a Associação de Oficias, as Forças Armadas perderam cerca de 10 mil militares, 7,2% do efetivo.
Mas é preciso dizer que esta lista de critérios não era atualizada há mais de 20 anos.
O Ministério da defesa diz que esta revisão teve em conta a evolução das tarefas desempenhadas pelos militares e o avanço do conhecimento científico, bem como os normativos da Organização Mundial de Saúde.