As primeiras investigações ao incêndio urbano de Charly-sur-Marne, em França, que resultou na morte de sete crianças e da mãe, concluem que os óbitos se deram por inalação de fumo.
“Os corpos não foram queimados”, declarou à AFP o procurador-geral de Soissons, Julien Morino-Ros, avançando que o fogo terá começado na máquina de secar roupa que estava no rés-do-chão da casa da família.
O pai terá tentado apagar as chamas descendo para o rés-do-chão e pediu à mãe e às crianças que se abrigassem no segundo andar, um sótão convertido.
Ficaram retidos ali, enquanto o fumo negro invadia as escadas e os bombeiros lutavam para passar, devido à difícil configuração da casa antiga, mas remodelada. Os estores elétricos bloquearam com o corte da energia, indicou o procurador.
Apenas o pai, um homem de 40 anos, sobreviveu, porque foi salvo por um vizinho do incêndio na casa, que deflagrou perto da meia-noite de segunda-feira. O homem está hospitalizado, mas não corre perigo de vida.
As sete crianças, cinco raparigas e dois rapazes, tinham idades entre os 2 e os 14 anos. residiam numa pequena habitação na vila de Charly-sur-Marne, em Aisne, a cerca de 100 quilómetros a leste de Paris.
O incêndio danificou ainda uma casa vizinha, exigindo que duas pessoas fossem realojadas. Também no centro de emergência de Charly-sur-Marne foi criada uma unidade de apoio psicológico para a população que ficou abalada e consternada com a morte da mãe e das crianças.