Não precisamos de mais bandeiras fraturantes
05-02-2018 - 18:00

Em vez de discutir como abreviar a vida, seria preferível refletir sobre a qualidade dos serviços de saúde, designadamente no acompanhamento das doenças prolongadas.

Numa rádio com a identidade e a transparência da Renascença, é sempre importante sublinhar as nossas posições sobre as questões éticas que tantas vezes determinam o rumo da vida em sociedade.

Vem este sublinhado a propósito da questão da eutanásia que volta à agenda política portuguesa, como se de uma prioridade se tratasse.

É absolutamente clara a nossa posição a favor do direito à vida. E, portanto, contrária à eutanásia.

Na verdade, em vez de discutir como abreviar a vida, seria preferível refletir sobre a qualidade dos serviços de saúde, designadamente no acompanhamento das doenças prolongadas.

Em vez de mais um debate redutor e meramente ideológico, seria bem mais útil investir seriamente nos cuidados paliativos, proporcionando em todas as principais zonas do país, litoral e interior, um acompanhamento digno aos doentes, tocados pela doença grave ou mesmo terminal.

Não precisamos de mais bandeiras fraturantes, mas de uma atenção redobradas às pessoas, especialmente aos mais velhos que em zonas desertificadas do país enfrentam sozinhos o peso da doença.

Em vez de mais palavras, os portugueses precisam de outras soluções e de melhores respostas.

Estaremos atentos ao debate que se avizinha, respeitando como sempre o fizemos, as regras do pluralismo informativo, mas sem esconder a posição da Renascença nesta matéria.