A Santa Sé confirmou esta sexta-feira que o bispo argentino Gustavo Zanchetta, que está colocado no Vaticano, está a ser acusado de abusos sexuais praticados na sua terra natal.
Zachetta era bispo de Oran, mas resignou ao cargo em 2017.
Numa nota enviada aos jornalistas, a sala de imprensa da Santa Sé sublinha que, quando o Papa criou um cargo para Zanchetta, não existiam ainda quaisquer acusações dessa natureza e que o bispo foi suspenso enquanto se averigua o caso.
“Monsenhor Zanchetta não foi removido da diocese de Oran. Foi ele quem resignou”, começa o comunicado.
“A razão da sua demissão era a dificuldade na gestão e nas relações com o clero diocesano”, que a nota descreve ainda como “muito tensas”.
Depois de sair da Argentina o bispo esteve um tempo em Espanha. “Depois disso, tendo em conta a sua capacidade de gestão administrativa, foi nomeado assessor da Administração do Património da Sé Apostólica. No momento em que foi nomeado assessor não existia qualquer acusação de abusos sexuais. Estas só surgiram no passado outono.”
O Vaticano informa ainda que aguarda que sejam recolhidos testemunhos pelo atual bispo de Oran e que caso existem bases para avançar com uma investigação esta será conduzida por uma comissão especial. Até lá, o bispo Zanchetta ficará suspenso de funções.