Sexta-feira, 22 de outubro de 2021


«A santidade é a medida alta da vida cristã ordinária», como muito bem nos ensinou, também com a sua vida, o Papa São João Paulo II, de quem hoje celebrámos a memória litúrgica. Os santos vivem, portanto, nas alturas, sem, todavia, tirarem os pés da terra. As palavras são as que Jesus proferiu sentado no alto do Monte. Aí declarou Jesus felizes, felizes, felizes os pobres, os mansos, os aflitos, os famintos, os sedentos, os misericordiosos, os pacificadores, os perseguidos. Entenda-se: os pioneiros e abridores de caminhos novos para a humanidade. O discurso de Jesus é encantatório, com a repetição daquelas felicitações por nove vezes atiradas contra os vidros embaciados do nosso coração empedernido. É do alto do monte que Jesus proclama estas maravilhas. Há coisas que só se podem dizer nas alturas.

Senhor Jesus, Mestre diferente dos escribas de todos os tempos, ensina-nos a descobrir a sabedoria que há nos pobres quando estendem para nós as suas mãos abertas e vazias, a ternura que há nos pacificadores e misericordiosos quando se colocam diante das nossas armas, a esperança que há nos perseguidos e refugiados quando batem às nossas portas fechadas. Ensina-nos, Senhor, a compreender que sempre foram os santos e os justos a abrir caminhos novos e belos onde os poderosos só sabem estender arame farpado e levantar muros.

S. João Paulo II, roga por nós.