49.963 estudantes ficaram colocados na primeira fase do concurso nacional de acesso de 2024 ao ensino superior público, cujos resultados foram divulgados este domingo pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). Os resultados representam um aumento de 1,1% face à primeira fase do concurso de 2023.
Mais de 8.300 candidatos a estudantes do ensino superior não conseguiram uma vaga da primeira fase nas universidades e politécnicos públicos. 85,7% dos candidatos foram colocados na primeira fase e, entre esses, 87,8% conseguiram uma colocação numa das três primeiras opções. Nesse universo, 56,1% conseguiu entrar no curso escolhido como primeira opção, enquanto 20,5% ficaram na segunda opção e 11,2% na terceira opção.
Os estudantes agora colocados podem inscrever-se nas universidades e politécnicos em que foram colocados na semana de 26 a 29 de agosto - a partir de segunda-feira.
Ao todo, são 4.996 as vagas que sobraram para a segunda fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior - um número que ainda pode aumentar com estudantes que optem por não se inscrever na vaga em que ficaram colocados. Ao todo, estavam disponíveis 54.666 vagas na primeira fase - mais 355 que em 2023 -, e 31 cursos não conseguiram preencher nenhuma das vagas abertas.
O curso com média mais alta volta a ser Engenharia Aeroespacial, mas agora na Universidade do Porto, na Faculdade de Engenharia. Segue-se o mesmo curso, mas na Universidade do Minho (o líder de 2023), e Matemática Aplicada à Economia e à Gestão, na Universidade de Lisboa (ISEG).
Em quarto lugar ficou o curso de Inteligência Artificial e Ciência de Dados, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, seguido por Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico em quinto lugar, Engenharia e Gestão Industrial (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) no sexto lugar, e Arquitetura (Universidade do Porto) no sétimo lugar.
Os três últimos lugares do top ten são todos de cursos de Medicina: primeiro do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Universidade do Porto), segundo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, e em terceiro lugar o curso da Universidade do Minho. Ao todo, o número de estudantes colocados em cursos de Medicina foi o maior de sempre: foram 1.661 estudantes, mais 66 do que em 2023, graças ao aumento das vagas sobrantes dos concursos especiais de ingresso em Medicina para licenciados.
Entre os quase 50 mil estudantes colocados no ensino superior estão 1.655 beneficiários do escalão A da ação social escolar, uma redução de mais de mil estudantes face a 2023. Entre esses, 1.178 estudantes foram colocados através do contingente prioritário, um aumento de cerca de 160 estudantes em comparação com o ano anterior.
Outros contingentes prioritários cresceram. 214 estudantes foram colocados através do contingente para candidatos com deficiência, mais 19.6% do que em 2023. E 402 estudantes foram colocados através do contingente para emigrantes, familiares e lusodescendentes - mais 10,4% do que no ano anterior.