PS quer investigação a xenofobia contra portugueses em França
11-12-2015 - 11:19

A sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, a sudeste de Paris, foi vandalizada. Foram escritas na fachada do edifício frases como "morte aos portugueses".

O deputado socialista Paulo Pisco escreveu ao embaixador de França em Portugal para manifestar preocupação por a sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, na periferia de Paris, ter sido vandalizada com inscrições xenófobas.

A sede do Clube Português de Brie-Comte-Robert, a sudeste de Paris, foi vandalizada na noite de terça para quarta-feira. Foram escritas na fachada do edifício frases como "morte aos portugueses", "morte aos estrangeiros" e aos "ciganos" e ainda "Viva a FN" (Frente Nacional).

Na carta dirigida ao embaixador francês em Lisboa, Jean-François Blarel, o deputado do PS considera estar perante inscrições de teor "xenófobo ofensivo contra os portugueses", que merecem "uma absoluta condenação, independentemente das intenções com que aquele acto de vandalismo foi praticado".

"A comunidade portuguesa na localidade de Brie-Comte-Robert merece a maior consideração por parte da população local e nunca teve qualquer tipo de problemas. Sempre teve também um excelente relacionamento com a 'mairie' local (autarquia local), que logo se apressou a apresentar queixa do sucedido. O mesmo se pode dizer do Clube Português, que já existe há várias décadas, igualmente com uma boa convivência com a população local", sustenta Paulo Pisco.

O deputado do PS pede depois que o Governo francês faça as "diligências necessárias para averiguar quem escreveu aquelas frases xenófobas associadas ao partido Frente Nacional".

"A xenofobia e o racismo são condenados à luz do Código Penal francês e na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Por outro lado, é absolutamente condenável que a comunidade portuguesa possa, eventualmente, ter sido instrumentalizada, visto que em todo o território francês é extraordinariamente bem considerada e constitui um exemplo a nível da integração e de harmonia na relação com as populações locais", defende ainda Paulo Pisco.