O dinheiro favorece o contágio por coronavírus? "Baixo risco", diz BCE
28-04-2020 - 19:06
 • Sandra Afonso

"Os coronavírus podem sobreviver numa superfície de aço inoxidável, uma maçaneta da porta, por exemplo, dez a cem vezes mais do que nas nossas notas de fibra de algodão", diz o Banco Central Europeu.

O Banco Central Europeu (BCE) defende que não há "grande risco de infeção" por coronavírus através das notas, em comparação com outras superfícies.

A autoridade monetária realizou pesquisas em vários laboratórios da Europa e concluiu que "os coronavírus podem sobreviver numa superfície de aço inoxidável, uma maçaneta da porta, por exemplo, dez a cem vezes mais do que nas nossas notas de fibra de algodão".

São declarações de Fabio Panetta, membro da Comissão Executiva do BCE, num artigo de opinião publicado em vários jornais europeus.

Este responsável diz que as análises concluem também que "os vírus se propagam mais dificilmente através de superfícies porosas como as das nossas notas do que em superfícies lisas como o plástico". Por isso, "as notas não representam nenhum risco maior de infeção em comparação com outras superfícies com as quais estamos em contacto diário", concluiu.

Ainda assim, o BCE está a explorar "novas pistas", para emitir um "euro digital" para o pagamento das despesas diárias dos consumidores. Fábio Panetta levanta assim o véu, sobre a digitalização do euro, mas sem desemvolver.