Segunda-feira, 15 de outubro de 2018


Num destes dias, parei num pequeno café, daqueles em que as mesas quase se tocam umas às outras.
Ao meu lado, estava um rapaz, que enquanto almoçava, lia o jornal.
Passado algum tempo, chegou uma rapariga, beijaram-se e também ela trazia o seu tabuleiro.
Dei comigo a pensar em como é bom poder partilhar uma companhia à hora do almoço,
mas acabei surpreendida – ele continuou a ler o seu jornal e ela tirou um livro da carteira
e assim ficaram, cada um com o seu prato, cada um com a sua leitura.
Tão próximos e tão distantes.
Jesus, bem sei que o silêncio pode ser revelador de amor,
mas ajuda-me a ser capaz de construir relações, a saber partilhar palavras e sentimentos,
a ser próxima do meu próximo.
E Te peço por tantos jovens que vivem relações de amor, centrados em si próprios,
tão distantes da generosidade gratuita que o verdadeiro amor, pede e dá,
na sequência dos dias, na normalidade das vidas.