Lucília Gago despede-se com apelo à "unidade" dentro do Ministério Público
12-10-2024 - 12:43
 • Ana Kotowicz

Lucília Gago jubilou-se como magistrada do Ministério Público, no último dia do mandato de seis anos e na véspera da posse do sucessor, Amadeu Guerra.

No seu último dia como procuradora-geral da República (PGR), Lucília Gago despede-se pedindo “maior unidade e coesão” no Ministério Público, e afirmando ter trabalhado sempre “norteada” pelo “propósito de serviço público”.

"No último dia do meu mandato, deixo a todos e a cada um dos magistrados do Ministério Público o voto de que, com afinco e esmero, prossigam o respetivo desempenho funcional", começa a nota de despedida de Lucília Gago. "Norteada sempre e exclusivamente pelo propósito de serviço público, em prol da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público, apraz-me reconhecer o esforço e a abnegação de muitos."

A procuradora-geral da República, que este sábado é sucedida no cargo por Amadeu Guerra, termina dizendo que "apenas esse propósito permitirá conferir maior unidade e coesão" ao Ministério Público, "potenciando melhores resultados".

Na sexta-feira, Lucília Gago jubilou-se como magistrada do Ministério Público, no último dia do mandato de seis anos e na véspera da posse do sucessor, Amadeu Guerra. A jubilação foi confirmada com a publicação do despacho em Diário da República, no qual se lê que a magistrada "cessa funções por efeito de aposentação/jubilação".

Esta intenção já tinha sido manifestado em março deste ano, depois de Lucília Gago assumir que tinha "tempo e condições" para se jubilar, considerando também que o seu tempo como PGR estava esgotado.

"O meu tempo esgotou-se e o que foi feito, feito está, com honestidade intelectual e sem alarde, tendo como único foco os resultados. Melhorar os resultados. Sem aparato, com discrição. Como sempre fui, como sempre quis que fosse", disse na altura, num discurso proferido na abertura do 41.º curso de formação de magistrados para os tribunais judiciais.