Igreja desafia os jovens a serem testemunhas alegres e corajosas
19-10-2022 - 07:40
 • Olímpia Mairos

Na mensagem para a Semana dos Seminários, a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios afirma que a “Igreja deposita uma grande confiança nos mais jovens” explicando que “o apelo a que sejam capazes de dar um testemunho alegre da fé assenta no reconhecimento das suas capacidades, energia, audácia e criatividade”.

“Não te envergonhes de dar testemunho de Cristo”. É o tema da Semana dos Seminários que decorre de 30 de outubro a 6 de novembro.

Na mensagem a propósito desta iniciativa, o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. António Augusto Azevedo, afirma que “a Igreja pretende, hoje, apelar aos mais jovens para que sejam testemunhas alegres e corajosas de Jesus Cristo e do seu Evangelho”.

Citando o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Pós-Sinodal ‘Cristo Vive’, em que desafia os jovens a tornarem-se capazes de ir contra a corrente e a partilhar Jesus e a fé, D. António Augusto Azevedo esclarece que “afirmar a fé sem medo ou vergonha, dispor-se a levar a Palavra de Cristo a todos os lugares e ambientes, sendo missão de todos os cristãos, constitui um desafio dirigido especialmente aos jovens”.

“Para alguns, a descoberta desta missão é de tal modo decisiva que se concretiza numa vocação de consagração de toda a vida”, observa.

O presidente da CEVM reitera que a “Igreja deposita uma grande confiança nos mais jovens”, explicando que “o apelo a que sejam capazes de dar um testemunho alegre da fé assenta no reconhecimento das suas capacidades, energia, audácia e criatividade”.

“A todos e cada um, Jesus Cristo, o grande amigo, chama a uma vocação e a alguns concede o dom do chamamento ao ministério ordenado”, destaca, sinalizando que “fundamental é que nenhum deixe de se interrogar sobre a possibilidade desse caminho ou exclua essa hipótese”.

“Esta questão vocacional assume, muitas vezes, a forma de inquietação interior que permanece até se resolver numa opção que pode ser a de entrar num seminário”, esclarece.

No entender do também bispo de Vila Real, esta semana é momento oportuno para que as dioceses e congregações religiosas, o conjunto da Igreja e a sociedade, tomem consciência da realidade atual dos seminários.

Neste contexto, D. António Augusto Azevedo nota que “em ambientes eclesiais e no espaço público é notória a falta de conhecimento e reconhecimento acerca da vida dos seminários”.

“Tantas vezes prevalecem as memórias do passado, os preconceitos, ideias feitas e suposições em detrimento do conhecimento real das pessoas, dos percursos formativos e das situações concretas”, observa.

Seminários carecem de apoio material

Segundo o prelado, esta semana dedicada aos seminários é também “ocasião propícia para manifestar confiança e apoio aos seminaristas, para que sejam fiéis e empenhados no caminho de seguimento e conformação com Cristo, Bom Pastor”.

“As equipas formadoras merecem igualmente todo o reconhecimento pela sua dedicação nesta missão de grande responsabilidade”, destaca, lembrando que “no atual contexto social e cultural, qualquer função educativa é exigente, mas a preparação dos padres do futuro, capazes de corresponder às necessidades de uma Igreja em renovação e de um mundo em mudança acelerada, não deixa de ser uma causa nobre e estimulante”.

O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios não esquece ainda “o relevante contributo de tantas pessoas que têm parte ativa no processo formativo dos seminários: professores, colaboradores vários, famílias, comunidades cristãs, incluindo o papel decisivo dos presbitérios”.

Quase a terminar a sua mensagem, o presidente da CEVM pede aos cristãos que “na sua oração pessoal, familiar ou comunitária, rezem de forma mais intensa pelos seus seminários, invocando o Senhor da messe para que mande operários para a sua messe”.

“A oração não só exprime e reforça a comunhão com os seminários como é uma forma insubstituível de ajuda espiritual”, destaca D. António Augusto Azevedo, assinalando que “além desta ajuda, os seminários em geral carecem de maior apoio material”.

“Confiamos na generosidade do Povo de Deus para com os seminários que estão ao seu serviço”, conclui.