Nove jornalistas do “Cumhuriyet”, o principal jornal da oposição ao Governo da Turquia, foram detidos este sábado e estão sob custódia de um tribunal de Istambul.
Entre os detidos estão o director da publicação secular, um cartoonista famoso e um colonista crítico do executivo do Presidente Tayyip Erdogan.
São suspeitos de ligações a Fethullah Gulen, o clérigo que está exilado nos Estados Unidos e que é acusado por Erdogan de ser o mentor a tentativa falhada e golpe de Estado, ocorrida em Julho.
A polícia utilizou este sábado canhões de água e gás
lacrimogéneo para dispersar uma manifestação, em Istambul.
De acordo com a agência Reuters, o objectivo das forças
de segurança foi impedir que os manifestantes desfilassem até à sede do jornal “Cumhuriyet”.
A detenção dos jornalistas acontece no mesmo dia em que foram presos nove elementos do partido HDP, pró-curdo.
Na sexta-feira, já tinham sido detidos outros nove políticos, incluindo líderes do HDP.
Mais de 110 mil juízes, professores, polícias e funcionários públicos foram detidos na Turquia na sequência da purga ordenada por Erdogan, em resposta ao golpe de Estado falhado.