O autor dos disparos ocorridos esta quinta-feira, junto ao consulado israelita em Munique, foi identificado como sendo um jovem austríaco de 18 anos.
Embora as autoridades alemãs se recusem a adiantar motivações para o ataque, de que resultou apenas a morte do atirador, este coincide com a data (5 de setembro) em que nos Jogos Olímpicos de 1972 ocorreu o assassinato de 11 atletas israelitas por terroristas palestinianos do Setembro Negro.
Precisamente por essa razão, o consulado esteve fechado esta quinta-feira para assinalar a data, pelo que nenhum funcionário ficou ferido.
Suspeito morreu no local
O incidente ocorreu esta quinta-feira de manhã, quando a polícia que garante a segurança do Centro de Documentação Nazi de Munique baleou uma pessoa suspeita que se aproximava do edifício.
O atacante não resistiu aos ferimentos. "Provavelmente morreu no local", assegurou um porta-voz da polícia.
"Era uma pessoa do sexo masculino e sabemos que agiu com uma arma de cano longo", precisou o ministro do Interior do Estado da Baviera, Joachim Herrmann.
O suspeito dirigiu-se a uma área sensível onde, para além do Centro de Documentação Nazi, está localizado o consulado israelita.
Da troca de tiros resultou apenas a morte do atacante, não havendo indícios de outros suspeitos ou a ocorrência de incidentes semelhantes na capital do Estado da Baviera, informou a polícia de Munique no X.
As autoridades alemãs montaram, em resposta, uma operação no local.
A população foi aconselhada a manter-se em casa.
Presidente israelita expressa "condenação e horror"
O presidente israelita, Isaac Herzog, reagiu no X, classificando o ataque de "terrorista".
"Falei agora com o Presidente da Alemanha, o meu querido amigo Frank-Walter Steinmeier. Juntos, expressamos a nossa condenação e horror partilhados pelo ataque terrorista desta manhã perto do consulado israelita em Munique", afirmou.
Já a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, classificou o incidente de "grave", mas recusou-se a especular sobre as motivações do atacante. "A proteção das instalações israelenses tem prioridade máxima", afirmou.
[Notícia atualizada às 15h58]