A população residente em Portugal diminuiu em 2015, de acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta quinta-feira.
No final do ano passado, Portugal tinha 10 milhões 341 mil e 330 habitantes, menos 33. 492 pessoas em comparação com o final de 2014.
Este resultado traduz uma taxa de crescimento negativo, reflexo da conjugação de saldo natural e saldo migratório negativos.
Verificou-se um aumento do número de nados-vivos de mães residentes em Portugal, correspondendo a 85 mil nascimentos, mas o número de óbitos também subiu para 108 mil e, por isso, o saldo natural continua negativo.
Quanto ao saldo migratório manteve-se em 2015, pelo quinto ano consecutivo, em valor negativo, embora mais atenuado: mais de 40 mil e 300 emigrantes permanentes, um número de diminuiu. Por outro lado, aumentou o número de imigrantes permanentes, quase 30 mil.
Os dados do INE indicam ainda que subiu o número médio de filhos por mulher. Há uma recuperação, embora o índice de fecundidade esteja em declínio.
"No período de 2005 a 2015, o índice sintético de fecundidade apresenta uma tendência de declínio, ainda que com ligeiras oscilações, atingindo em 2015 o valor de 1,30 filhos por mulher, o que traduz uma recuperação face aos valores de 1,21 e 1,23 filhos por mulher de 2013 e 2014", refere a informação do INE.
A esperança média de vida à nascença passou para 80 anos. Nas mulheres é de 83,23 anos e nos homens de 77,36 anos.
Por outro lado, acentua-se o envelhecimento demográfico. Aumentou o número de idosos, ou seja pessoas com mais de 65 anos. No ano passado, por cada 100 jovens existiam 147 idosos.
De acordo com o INE, o número de residentes em Portugal em idade activa (entre 15 e 64) reduziu-se em 278 mil pessoas.