Paulo Morais: "Teremos uma excelente votação"
18-01-2016 - 08:23

A Renascença inicia esta segunda-feira uma série de mini-entrevistas com os candidatos à Presidência da República.

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No dia em que a campanha eleitoral entra na segunda semana, Paulo Morais diz na Renascença que não se deixa abalar com sondagens e não põe de parte a presença numa segunda volta.

“Eu não tenho dúvidas nenhumas, e os meus apoiantes também não - aliás, eu tenho os apoiantes mais convictos e mais aguerridos por esse país - de que teremos uma excelente votação e com ela ou iremos à segunda volta ou continuarei a fazer o que sempre fiz, que é defender e impugnar as causas em que acredito”, afirma.

Em directo no noticiário das 8h00, o "candidato anticorrupção" salienta que esse é o tema de que fala sempre porque é uma causa em que acredita. “Mas, falando só de um tema, falo mais de um tema do que todos os outros, que não falam de nenhum”, defende-se.

Ainda assim, “há um outro tema" que tem abordado: "Tenho-me fartado de defender, no país e ao longo da campanha, a Constituição. Tem sido, nos últimos anos, permanentemente violada e eu, enquanto o Presidente da República, usarei a Constituição - ao nível fiscal, ao nível do ensino, ao nível das questões da saúde - para defender os interesses dos cidadãos.”

Na mais recente sondagem divulgada, Morais não ultrapassa os 1,6% de intenções de voto, mas o candidato não se mostra preocupado. “Há algo que penso que já consegui nesta campanha, além de muito mais, que é trazer um discurso diferente. O eleitorado já percebeu que há os candidatos apoiados pelos partidos e um candidato que se destaca na sociedade civil”, reage.

“Sou o primeiro servidor de causas [combate à corrupção e defesa da Constituição]. Felizmente, neste momento, é um grande pelotão a servi-las e é o que continuaremos a fazer, independentemente de qual for o resultado eleitoral – que, como disse, vai ser muito expressivo”, acrescenta.

Se, porventura, as suas melhores expectativas não se verificarem, Paulo Morais garante que não utilizará “estas causas como capital político para negociar qualquer cargo” para si “ou, muito menos, fazer como fizeram, infelizmente, alguns independentes no passado, de usar esse capital para depois negociar com o partido”.

“O que farei é continuar servi-las, porque as causas não são minhas”, assegura.