O programa da iniciativa Lisboa Capital Verde Europeia 2020 foi apresentado esta sexta-feira, no Lisbon Secret Spot, com o vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia a mostrar-se otimista quanto aos avanços já feitos e os que estão para vir.
"A evolução é absolutamente esmagadora", disse Ricardo Sá Fernandes, ao explicar que um dos principais compromissos da autarquia é a união do município através de espaços verdes até 2021. "Em 2021 vamos ter mais 347 hectares do que tínhamos em 2008. Conseguimos unir a cidade por verde. E estamos perto disso."
Entre os objetivos já a serem trabalhados desde 2017 conta-se a plantação de 100 mil árvores por toda a capital portuguesa e, em breve, capital verde da Europa.
Na apresentação do programa, que arranca oficialmente a 10 de janeiro, Sá Fernandes indicou que um dos principais problemas de Lisboa é o ruído e que a Câmara quer reduzi-lo, a par das emissões de dióxido de carbono. Para isso, a autarquia quer apostar na mobilidade sustentável e promete melhorar a rede de transportes públicos e a rede de bicicletas partilhadas.
"Queremos ter uma mobilidade mais sustentável. Sete em cada dez viagens em transportes públicos até 2030, é este o objetivo. E claro, aquilo que se começou há uns anos e em que ninguém acreditava, que é a rede de bicicletas partilhadas por toda a cidade."
Para além disto, a Câmara Municipal de Lisboa pretende continuar a reduzir os níveis de consumo de água. Como explicou Fernando Medina, presidente da autarquia, a ideia é aproveitar a evolução tecnológica para criar uma rede de água reciclada.
"Há uma questão central que se joga aqui na cidade, que tem a ver com os consumos fundamentais e com a inovação, que nós podemos promover, relativamente à criação de um novo sistema de água, que é água reciclada que pode ser utilizada para reduzir o consumo global de água."
O investimento previsto para Lisboa Capital Verde Europeia é de 60 milhões de euros, de acordo com o orçamento camarário aprovado pela Assembleia Municipal na semana passada.
Sob o lema "Escolhe Evoluir", a Câmara de Lisboa quer envolver nestes esforços todas as empresas, escolas e universidades, convidando-as a comprometerem-se com a proteção do ambiente. O grande desafio, indicaram os autarcas, é chegar àqueles que continuam indiferentes às alterações climáticas.
Na próxima sexta-feira, 6 de dezembro, a autarquia vai inaugurar um site e, a partir de janeiro, a Praça do Município contará com uma loja aberta aos cidadãos com informação diária sobre a agenda do Lisboa Capital Verde Europeia 2020, bem como uma zona de exposições.
“Nós queremos informar, queremos que haja grande participação, queremos valorizar, queremos debater e obviamente com isto tudo envolver todos e todas”, sublinhou Sá Fernandes.
“Não vamos usar o galardão para um passeio de vaidades, nós vamos usar o galardão para puxarmos por esta agenda”, acrescentou Fernando Medina.