As autoridades nigerianas libertaram quase 500 homens e crianças, que eram mantidos em cativeiro e abusados numa alegada escola islâmica, na cidade de Kaduna, revelou esta sexta-feira a polícia.
Os rapazes estavam presos num edifício que foi alvo de uma busca na sequência de uma informação fornecida à polícia sobre a possível ocorrência de atividades suspeitas.
A maioria dos rapazes – os mais novos têm cinco anos - estavam presos com correntes nos pés. Alguns tinham ferimentos e outros estavam esfomeados.
O chefe da polícia de Kaduna descreveu o local onde estas pessoas estavam presas como uma autêntica “casa de tortura” e um local de escravatura humana.
Oito pessoas foram detidas, a maioria são professores da alegada escola islâmica.
“Passei aqui três meses com correntes nos pés. Isto era suposto ser um centro islâmico, fugir daqui trazia castigos severos. Eles amarravam as pessoas e penduravam-nas ao teto por isso”, disse um dos prisioneiros à imprensa nigeriana.