Itália: as cenas dos próximos capítulos
06-12-2016 - 11:36

​O jornal “Público” abre o segundo capítulo da série “Europa em crise”, ainda por causa das consequências políticas do referendo italiano. E descreve 2016 como “O ano da mortalidade dos líderes europeus”.

O “Público” lembra que, ao longo do ano, “Londres, Paris e Roma sofreram terramotos políticos que decapitaram as suas lideranças de uma forma inédita”. A única sobrevivente é Angela Merkel que, escreve o jornal, “é agora a última das europeístas num grande país da União”.

Ainda no “Público”, a jornalista Sónia Sapage deixa a pergunta “Cimeiras dos países do Sul da Europa, que futuro?”. Na fotografia, de arquivo, o diálogo entre António Costa e Angela Merkel: “Portugal precisa de Renzi para travar a austeridade do norte europeu”, pode ler-se na fotolegenda deste artigo que conclui que sem o apoio do Primeiro-ministro italiano demissionário, “a onda anti-austeritária que prometia varrer a Europa a partir do Sul perde força”.

O “Diário de Notícias” pergunta: “Esquerda europeia, vítima dela própria ou dos populismos?”. O jornalista do “DN”, Leonídio Paulo Ferreira, escreve que “dos seis maiores países da União Europeia, ainda contando com o Reino Unido, a esquerda só governa dois. E pode perdê-los já em 2017”. Alguns exemplos: desde logo a Alemanha, onde Merkel é favorita para um quarto mandato; a França, onde a impopularidade de Hollande abala a Esquerda; no Reino Unido, os conservadores dominam, apesar do brexit. Quanto à Itália pós-Renzi, pode ser a sorte grande para o Movimento 5 Estrelas de Beppe Grillo, que quer “livrar a Itália da classe política tradicional”.

Por cá, António Costa espera abertura por parte da União Europeia para discutir a dívida depois das eleições alemãs do próximo ano. É notícia em destaque no site da RTP, depois da entrevista da última noite. O Primeiro-ministro lembra que a União Europeia “não pode continuar a ignorar um problema que exige uma resposta integrada”. Ainda assim, Costa considera “inútil e contraproducente ser Portugal a abrir esse debate (sobre a dívida) antes a União o fazer. O Chefe do Governo defende que as regras devem ser mudadas. Mas enquanto não forem mudadas” são para cumprir – pode ler-se no site da rádio e televisão pública.

De regresso ao “Público”, mas na edição online, a União Europeia lança um “Corpo de Solidariedade para jovens até aos 30 anos”. A partir de amanhã, quarta-feira, os jovens entre os 18 e os 30 anos podem inscrever-se para uma experiência como voluntários, estagiários ou trabalhadores. Basta aceder ao site da representação da Comissão Europeia em Portugal. Está lá tudo o que é preciso saber.