António Costa vai esta terça-feira a Odemira
11-05-2021 - 15:08
 • Renascença

Primeiro-ministro vai participar numa "reunião de trabalho e assinatura de protocolos tendo em vista dar resposta às necessidades habitacionais verificadas no concelho".

O primeiro-ministro, António Costa, desloca-se esta terça-feira ao concelho Odemira, que nas últimas semanas tem sido notícia por causa da falta de condições dos trabalhadores sazonais migrantes e pela cerca de sanitária em duas freguesias por causa da pandemia de Covid-19.

O gabinete do primeiro-ministro adianta que António Costa vai participar numa "reunião de trabalho e assinatura de protocolos tendo em vista dar resposta às necessidades habitacionais verificadas no concelho".

O encontro está marcado para as 17h30, no Cine-Teatro de Odemira, Largo Sousa Prado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira, em Caminha, que é preciso retirar "muitas consequências políticas" do caso dos imigrantes de Odemira.

"Em relação a Odemira, acho que tem de retirar muitas consequências políticas. Tem de se fiscalizar para saber como é por respeito à legalidade, tem de se apurar se há ou não uma situação que convida àquilo que são atuações criminais, tem de se pensar a sério no problema dos imigrantes que estão cá dentro, que trabalham", referiu.

O Governo apresentou a contestação à providência cautelar contra a requisição civil apresentada por moradores do empreendimento Zmar, em Odemira, alegando interesse público, segundo uma informação do executivo.

De acordo com o texto de contextualização para a apresentação da resolução fundamentada, o executivo argumenta que “o diferimento da execução do ato de requisição temporária (…) seria gravemente prejudicial para o interesse público”.

Duas freguesias do concelho de Odemira estão com cerca sanitária desde 29 de abril. Na última semana, a população foi autorizada a sair e entrar para ir trabalhar, mediante a apresentação de um teste negativo à Covid-19.

A GNR controlou esta terça-feira de manhã o acesso de cerca de mil trabalhadores na cerca sanitária em duas freguesias do concelho de Odemira e rejeitou a entrada ou saída de 83, que não apresentaram testes negativos à covid-19.

A situação pandémica voltou a trazer para as primeiras páginas a exploração e más condições de alojamento a que estão sujeitos os trabalhadores migrantes.