A 21 de agosto de 2008, em Pequim, Nélson Évora saltou 17,67 metros na final do triplo salto e conquistou o ouro para Portugal.
Estava cumprido o sonho de uma vida dedicada ao desporto, apesar dos muitos (e graves) problemas físicos que o atormentaram especialmente depois do ouro olímpico.
A carreira do atleta, que passou por Benfica e Sporting, é irrepreensível: campeão mundial, campeão europeu e, claro, aquele dia na capital da China que foi a cereja no topo do bolo.
Estavam 21º graus de temperatura, 87% de humidade e uma chuvinha molha-tolos. O português sempre confessou que não gostava de competir com chuva e frio, mas o tempo desse agosto chinês acabou por não estragar a festa.
Nélson Évora, então com 24 anos, esteve sempre em posição de pódio, mas a competição começou por ser liderada pelo britânico Phillips Idowu, que fez 17,51m ao primeiro ensaio.
A machadada do atleta luso chegou na quarta tentativa. Triplo salto e 17,67 metros, a melhor marca do ano.
No quinto salto ninguém melhorou e, quando foi para saltar pela última vez, Nélson Évora já sabia que a vitória olímpica não fugia.
Emocionado ainda saltou, mas fez a pior marca da noite (16.52 metros). Não importava. Estava conseguido o ouro.
Antes da volta olímpica no “Ninho de Pássaro”, em Pequim, o sentido abraço a João Ganço, o treinador que o trouxe até ali, a glória olímpica.
Dentro da pista, a carreira de Nélson Évora foi imaculada e não fossem as lesões ainda mais poderia ter sido alcançado. Fora das provas nota, especialmente, para um desaguisado com Pedro Pablo Pichardo, que teve vários episódios na praça pública.
Nestes Jogos Olímpicos de 2008 Vanessa Fernandes, no triatlo, conquistou a medalha de prata.