Portugal pretende que seja esta terça-feira adotado na conferência ministerial entre os Estados-Membros da União Europeia (UE) e os países do Médio Oriente e Norte de África (MENA), que se realiza em Lisboa, "um compromisso político robusto" sobre segurança e cooperação policial.
Em comunicado, o MAI refere que Portugal acolhe esta terça-feira, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a primeira conferência ministerial entre os Estados-membros da UE e os países do MENA, um encontro que se centra no reforço da cooperação policial e no estreitamento das relações entre os dois blocos, contando com a participação de quatro dezenas de delegações.
Segundo o MAI, esta conferência constitui o resultado das conclusões dos debates realizados na conferência internacional de alto nível UE-MENA, em maio de 2021, durante a Presidência Portuguesa do Conselho da UE, em que foram identificados os desafios comuns e foi definida a necessidade de reforçar a cooperação policial para melhor prevenir e responder aos desafios de segurança comuns a ambas as regiões.
O Ministério tutelado por José Luís Carneiro precisa que o diálogo político entre os países e agências participantes vai centrar-se em temas como a prevenção e a luta contra o crime organizado, o intercâmbio de informações e a análise criminal e a melhoria dos canais de comunicação existentes.
"Em termos operacionais, pretende-se que o reforço da cooperação policial facilite os mecanismos de prevenção e de combate a fenómenos como o tráfico de seres humanos, tráfico de armas e de estupefacientes, radicalização e o recrutamento, bem como o cometimento de atentados terroristas, nos territórios dos Estados participantes", indica.
O MAI refere ainda que Portugal pretende que nesta conferência ministerial seja adotado "um compromisso político robusto -- uma Declaração de Lisboa -- para um processo de diálogo político regional sobre segurança e cooperação policial, contando com o apoio de um alargado número de países MENA, da UE, das agências e instituições europeias, do Conselho dos Ministros do Interior da Liga Árabe e da Interpol".