Bruno de Carvalho não pode estar na assembleia geral do Sporting, onde vai ser votada a sua destituição. A convicção é de Gonçalo Almeida, especialista em Direito do Desporto, que se baseia nos estatutos do clube.
"Estatutariamente, estando suspenso, [Bruno de Carvalho] não pode estar presente na assembleia geral", sentenciou o jurista, convidado da Manhã da Renascença.
A necessidade de uma "votação esmagadora"
Para este especialista em Direito do Desporto, é desejável que se verifique um resultado inequívoco. No seu entender, caso não haja uma "votação esmagadora", a fação derrotada poderá não aceitar a deliberação.
"Resta saber se a votação é suficientemente clara para que haja aceitação pacífica dos resultados. Se houver um resultado renhido poderemos enfrentar uma situação de não aceitação dos resultados e um desfecho de impugnação dos resultados", considera.
Contratos válidos
Gonçalo Almeida, que foi advogado da FIFA, salvaguarda que, independentemente da decisão sobre a continuidade de Bruno de Carvalho na direção do Sporting, todas as contratações até aqui efetuadas, entre elas a do treinador Sinisa Mihajlovic, terão validade.
O jurista lembra que são contrato celebrados pela SAD e Bruno de Carvalho está suspenso de funções no clube e não na Sociedade Anónima. Sobre as rescisões apresentados por alguns atletas, alegando justa causa, Gonçalo Almeida não formula opinião, porque defende que é necessário ouvir as duas partes.
As portas do Altice Arena abrem ao meio-dia e a assembleia geral destitutiva começa às 14h00. Às 20h00 encerram as filas para votar a destituição de Bruno de Carvalho.