Um grupo jihadista na Índia divulgou uma imagem em que classifica o Taj Mahal, um dos maiores símbolos culturais do país e local de grande interesse turístico, como possível alvo.
Na imagem vê-se o icónico edifício, construído no século XVII, em fundo com um militante em primeiro plano, ostentando um lança-rockets e uma kalashnikov. Em cima vê-se uma nova imagem do monumento como se fosse através da mira de uma espingarda e uma carrinha a caminho, numa clara alusão a um carro armadilhado.
O Taj Mahal é um mausoléu, construído em 1658 pelo imperador Shah Jahan para acolher o corpo da sua esposa favorita, Mumtaz Mahal. Shah Jahan era muçulmano e o edifício é considerado, internacionalmente, um dos mais belos exemplos de arte islâmica na Índia. Devido ao contexto e à razão que levou à sua construção, é conhecido também como um monumento ao amor.
A divulgação da ameaça foi feita nas redes sociais e leva as autoridades a aumentar os níveis de segurança. A embaixada norte-americana em Nova Deli emitiu também um aviso dizendo que os locais culto, mercados e festivais são potenciais alvos para o Estado Islâmico, que manifestou vontade de atacar a Índia.
Os cidadãos americanos são aconselhados a manter um “alto nível de vigilância” e tomar os passos apropriados para aumentar a segurança.
Apesar de ser maioritariamente hindu, a Índia tem a terceira maior comunidade muçulmana do mundo, com mais de 172 milhões de fiéis.
Segundo dados das autoridades indianas, citados pelo “Hindustan Times” sabe-se de 75 indianos que se juntaram ao Estado Islâmico, incluindo 45 que viajaram da Índia e outros que já viviam fora. Pelo menos 37 pessoas terão sido detidas a tentar fazer a viagem para territórios controlados pelo grupo terrorista.