"Plano estratégico" dita convocatória da seleção nacional
01-10-2020 - 12:22
 • Renascença

Portugal defronta a Espanha, num amigável, e a França e Suécia, para a Liga das Nações.

Fernando Santos, selecionador nacional, diz que adversários e "plano estratégico" da equipa influenciaram a convocatória da seleção, que conta com Rafa Silva, Podence, Rúben Semedo e William Carvalho como grandes novidades.

"Importante é manter o nosso plano de jogo, o nosso pensamento, o que queremos fazer. Importante é usar as características dos jogadores para cada confronto: para determinado jogo com características mais rápidas, para outros jogos com jogadores mais de posse. É nessas base que vamos fazendo estas opções. São estas coisas do plano estratégico da equipa que vão ditando a convocatória e não a qualidade deste ou daquele jogador", afirmou, em conferência de imprensa.

De fora ficaram Domingos Duarte, André Gomes e Gonçalo Guedes, mas o selecionador deixou uma palavra de motivação.

"Há quatro alterações. Estou satisfeito com os que não vêm desta vez, mas entendi que nesta janela devia optar por outros com características diferentes. Se vêm é porque têm a mesma qualidade dos outros. Por isso é que estão sempre nas opções da equipa nacional", explica.

Jurgen Klopp, treinador do Liverpool, elogiou a qualidade dos jovens jogadores da seleção portuguesa, e Fernando Santos agradeceu as palavras do técnico, com as quais concorda.

"Tenho um grande respeito pelo Klopp, por tudo o que já fez. Mas não é mais do que refletir sobre o trabalho do que tem sido feito em Portugal, nos clubes e na formação. Os jogadores chegam de forma natural à seleção e perfeitamente preparados para responder às nossas necessidades", disse.

Espanha é amigável, mas é jogo para levar a sério

Fernando Santos não desvaloriza o primeiro de três jogos, contra a Espanha, num amigável, devido à qualidade do adversário.

"Não podemos relativizar um jogo com a Espanha, num jogo com duas seleções deste gabarito. Claro que não vale pontos e são jogos diferentes, mas é um jogo importante. Vai jogar a equipa que eu entender, pensando que temos jogo em França quatro dias depois", disse.

O selecionador não acredita que exista uma rivalidade ibérica muito grande, quando comparada com outras seleções. "Não está ao nível de um Argentina-Brasil. Não me parece. São duas grandes equipas e é um clássico, porque é a península ibérica".

Fernando Santos reconhece que não terá muito tempo para preparar a equipa para os três jogos, um desafio constante nas seleções nacionais.

"Nunca há tempo para treinar infelizmente. É um défice das seleções. A maioria dos jogadores chegam com muitos jogos em cima e temos normalmente um dia para fazer um pouco mais. O mérito dos selecionadores está aí, no pouco tempo que temos para resolver questões importantes", termina.