​Combate às agressões na saúde deve passar por “forte criminalização”
14-01-2020 - 10:21
 • Pedro Filipe Silva , Cristina Nascimento

Comentador da Renascença considera “inadmissível” situações de violência contra profissionais de saúde.

O comentador da Renascença João Taborda da Gama defende uma “forte criminalização” das agressões contra os profissionais de saúde.

O tema esteve em discussão no espaço de debate no programa “As Três da Manhã”, a propósito da petição que esta terça-feira é entregue no Parlamento.

Taborda da Gama considera “inadmissível o que se está a passar” e pede uma resposta ao Governo.

“É impossível pôr um polícia dentro de cada gabinete onde há consultas, por isso a medida que tem de ser dada deve ser forte na criminalização dessas condutas”, argumenta.

Já o socialista Fernando Medina reconhece que desconhecia a dimensão do problema e considera “essencial que os profissionais de saúde estejam em condições de segurança”.

Desde o início do ano, já foram noticiadas três alegadas agressões a profissionais de saúde: uma enfermeira nas urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e dois médicos, uma no Centro Hospital de Setúbal e outra no Centro de Saúde de Moscavide, em Loures.

Dados divulgados pelo Governo referem que foram reportados, nos primeiros nove meses de 2019, 995 casos na plataforma criada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), mais do que em todo o ano de 2018 (953 casos), sendo as injúrias o principal tipo de notificação, representando cerca de 80% do total.