Venezuela solicita extradição de ex-diretor dos serviços secretos militares
23-09-2021 - 23:30
 • Lusa

Segundo Tareck William Saab está também vinculado a essa operação o coronel Oswaldo Valentín García Palomo, que "contava com a disposição de 300 ex-funcionários policiais, que participariam em atividades criminosas".

O Ministério Público (MP) da Venezuela anunciou esta quinta-feira que solicitou a Espanha a extradição do antigo diretor dos serviços secretos militares venezuelanos, Hugo Carvajal Barrios, que é procurado pelos Estados Unidos por alegado tráfico de drogas.

"Em 21 de setembro de 2021, foi pedido ao Tribunal do caso que iniciasse um procedimento de extradição ativa deste cidadão, que se sabe que se encontra no Reino de Espanha", anunciou o Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, durante uma conferência de imprensa, em Caracas.

A decisão, explicou, "tem por antecedente um mandado de detenção e um pedido de extradição aprovado pela justiça venezuelana em 2019", com base nos delitos de "traição à pátria, conspiração continuada, financiamento do terrorismo e associação" para cometer delito.

Também, por estar envolvido "na Operação Constituição, uma conspiração para atentar contra a vida do Primeiro Mandatário Nacional (da Venezuela, Nicolás Maduro) e realizar assassinatos seletivos de dirigentes políticos", disse o procurador.

Segundo Tareck William Saab está também vinculado a essa operação o coronel Oswaldo Valentín García Palomo, que "contava com a disposição de 300 ex-funcionários policiais, que participariam em atividades criminosas".

O procurador-geral da Venezuela precisou que foram detidas 11 pessoas e há sete ordens de detenção por executar, entre elas a do antigo diretor dos serviços secretos militares venezuelanos, Hugo Carvajal, que é procurado pelas autoridades venezuelanas desde 26 de fevereiro de 2019.

Tareck William Saab insistiu que Hugo Carvajal "se alinhou com um setor extremista" da oposição, liderado pelo ex-presidente do parlamento, Juan Guaidó, "que se autoproclamou" presidente interino do país, "de maneira ilegal, numa espécie de governo de ficção".