Governo quer reflexão sobre cálculo das pensões, mas não para já
09-09-2022 - 11:57
 • Olímpia Mairos com redação

O ministro Fernando Medina diz que "não é uma reflexão que vá ser feita de imediato, de forma rápida, mas de forma a ser debatida com toda a sua ponderação”.

O ministro das Finanças defende uma reflexão sobre a forma de cálculo das pensões, mas rejeita que esta seja feita de imediato, de forma rápida.

À chegada à reunião informal dos ministros das Finanças da zona euro, que decorre em Praga, na República Checa, Fernando Medina explicou que uma mudança nesse cálculo deve ser ponderada e antecipada de um debate relativamente à situação estrutural da Segurança Social.

“Estamos num ano absolutamente excecional, uma inflação muito alta, creio que todos compreendem que nós não podemos esperar por um ano excecional, circunstâncias absolutamente excecionais, colocar questões, diminuir as condições de sustentabilidade da Segurança Social e das Finanças Públicas portuguesas”, argumenta.

O governante insiste que “estamos perante uma situação excecional e, por isso, é uma reflexão para se fazer”, considerando, no entanto, que “não é uma reflexão que vá ser feita de imediato, de forma rápida, e precisa de ser ponderada, de ser debatida com a sua ponderação”.

O ministro das Finanças lembrou ainda que “o apoio extraordinário aos pensionistas, no valor de meia pensão, que receberão no mês de outubro” e “os aumentos para o ano de 2023, serão os “maiores aumentos, desde há pelo menos 15 anos, desde que existe fórmula de cálculo de pensões, e essas são as duas decisões que o Governo anunciou, não anunciou mais nenhuma decisão”.

Nesta reunião de ministros das finanças, serão mais uma vez votadas as candidaturas do ex-ministro das Finanças português, João Leão, e do luxemburguês, Pierre Gramegna, ao cargo de diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade.

A votação já foi adiada duas vezes, por falta de consenso.

Fernando Medina admite que é “um processo que se tem vindo a revelar difícil, com duas candidaturas que são prestigiadas, mas, também, com insistência com a permanência de bloqueios, que faz com que ainda nenhum dos candidatos tenha conseguido reunir 80% dos votos dos votos”.