Zelenskiy apela ao esforço de todos para vencer um único homem
27-03-2022 - 18:10
 • Lusa

O Presidente ucraniano acrescentou que não é possível "aceitar o silêncio como resposta do mundo" quando a Ucrânia pede o encerramento do seu espaço aéreo.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse este domingo que vê o medo dos políticos dos países europeus por causa da invasão russa e apelou ao esforço de todo o mundo para vencer um único homem, Vladimir Putin.

"Há um mês, antes desta guerra, vivíamos num mundo diferente. Milhares de ucranianos estavam vivos e agora já não estão. Vivíamos despreocupados e agora já não, estão todos a pensar: "O que é que vamos fazer se a Rússia continuar a avançar?", considerou Zelenskiy, durante uma intervenção transmitida para vários países, inclusive Lisboa, no âmbito de uma iniciativa internacional de apoio à Ucrânia.

No Praça do Comércio centenas de cidadãos ucranianos escutaram atentamente as palavras do chefe de Estado do seu país, interrompendo o silêncio apenas para aplaudir Volodymyr Zelenskiy.

O Presidente ucraniano acrescentou que não é possível "aceitar o silêncio como resposta do mundo" quando a Ucrânia pede o encerramento do seu espaço aéreo.

"Na Europa, vejo o medo dos políticos. Apenas com o poder de todas as pessoas podemos parar um único homem [Vladimir Putin] que começou esta guerra", instou Volodymyr Zelenskiy.

O Presidente ucraniano prosseguiu com cinco pedidos à comunidade internacional, como, por exemplo, mais tanques, aeronaves de combate e sistemas de defesa antiaérea e mais sanções para a Rússia.

Zelenskiy também pediu solidariedade para com os milhões de refugiados que fugiram do país desde o início da guerra, em 24 de fevereiro: "São milhões e são exatamente como vocês".

O pedido final foi para ajudar a salvar os civis que ainda não conseguiram fugir das cidades onde os combates entre os militares ucranianos e russos estão a decorrer, apelando à garantia de que são criados e mantidos os corredores humanitários. .

No final, o Presidente ucraniano garantiu que os ucranianos iriam regressar a casa.