Urgências de obstetrícia vão funcionar de forma rotativa em Lisboa e Vale do Tejo até março
13-01-2023 - 18:57
 • Renascença, com Lusa

Plano foi divulgado pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde. Confirma-se o que a Renascença tinha avançado. De sexta-feira a domingo, os serviços funcionam de forma alternada.

As urgências de ginecologia e obstetrícia e as unidades de neonatologia de Lisboa e Vale do Tejo vão funcionar até final de março com a mesma metodologia rotativa do que no Natal e Ano Novo. Confirma-se o que a Renascença tinha avançado.

A manutenção do plano adotado para o Natal e Ano Novo no primeiro trimestre deste ano na região de Lisboa e Vale do Tejo foi hoje avançada, em comunicado, pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), depois da avaliação feita numa reunião realizada na terça-feira com os vários hospitais.

Vão estar sempre abertos todos os serviços de urgência de obstetrícia da região de Lisboa e Vale do Tejo, entre segunda e quinta-feira. Já de sexta-feira a domingo, os serviços funcionam de forma alternada.

No primeiro e terceiro fim de semana de cada mês fecham as urgências dos hospitais de Santarém, Vila Franca de Xira, Amadora-Sintra e Setúbal. Já no segundo e quarto fim de semana encerram os hospitais de Abrantes, Caldas da Rainha, São Francisco Xavier, Loures e Montijo.

Segundo a direção executiva do SNS, liderada por Fernando Araújo, as quatro instituições de Lisboa - centros hospitalares de Lisboa Norte, de Lisboa Central e de Lisboa Ocidental e o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) - "vão cooperar e partilhar recursos", no sentido de garantir o funcionamento dos respetivos serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia e das unidades de neonatologia durante o primeiro trimestre.

O modelo de funcionamento adotado prevê, assim, que os serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (Hospital de Santa Maria e Maternidade Alfredo da Costa) se mantenham "sempre a funcionar de forma normal e ininterrupta", adiantou a comissão executiva.

De acordo com a DE-SNS, durante os fins de semana, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (Hospital São Francisco Xavier) "alterna o acesso" com a urgência do Hospital Amadora-Sintra.

Na prática, isso quer dizer que, no fim de semana em que funciona de forma regular a urgência do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, as urgências de ginecologia e obstetrícia do Amadora-Sintra funcionarão no nível um do plano de contingência entre as 08h00 e as 20h00 de sexta-feira e no nível três das 20h00 de sexta-feira até às 8h00 de segunda-feira.

No fim de semana seguinte, o sistema inverte-se, referiu ainda a DE-SNS, ao adiantar que, quando uma destas duas instituições estiver em nível de contingência, as grávidas e recém-nascidos devem serem orientados para os outros pontos da rede do SNS.

O plano prevê também que o Hospital Beatriz Ângelo e o Hospital de Vila Franca de Xira também cooperem e partilhem recursos, no sentido de garantir o funcionamento rotativo dos respetivos serviços de urgência externa de ginecologia e obstetrícia e das unidades de neonatologia.

Além disso, durante os fins de semana, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do Hospital Garcia de Orta funcionará de forma normal, enquanto a urgência do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo vai alternar o acesso com o Centro Hospitalar de Setúbal.

O funcionamento rotativo aplica-se ainda ao Centro Hospitalar do Oeste, ao Centro Hospitalar do Médio Tejo e ao Hospital Distrital de Santarém durante este trimestre, alternando entre si o funcionamento das urgências e o bloco de partos.

"Os resultados deste plano estratégico serão avaliados pela DE-SNS, durante o primeiro trimestre de 2023, e informarão as decisões para os trimestres seguintes, nomeadamente para o verão", adiantou a comissão executiva.

A DE-SNS adiantou ainda que, apesar do desempenho positivo da operação "Nascer em segurança no SNS" no Natal e Ano Novo, é "necessário trabalhar na melhoria de comunicação com os cidadãos, nomeadamente na resposta da Linha de Saúde SNS 24 e do CODU-INEM na referenciação das grávidas, bem como nas abordagens das instituições que se encontram em nível de contingência".