Veja também:
- Francisco compara abusos ao sacrifício de crianças
- Estas são as orientações do Papa Francisco para combater os abusos de menores
O Papa Francisco aceitou a renúncia do cardeal Ricardo Ezzati, arcebispo de Santiago do Chile, na sequência do escândalo de abusos sexuais, anunciou este sábado a Santa Sé.
O bispo de Copiapó, D, Celestino Aós Braco, foi nomeado administrador apostólico da arquidiocese de Santiago até haver um novo arcebispo.
O cardeal Ricardo Ezzati é suspeito de encobrir, durante anos, abusos sexuais cometidos por sacerdotes da Igreja Católica chilena.
Entre os casos de encobrimento está o do padre Oscar Munoz Toledo, antigo assessor da arquidiocese de Santiago, que vai ser julgado por, alegadamente, ter violado e abusado sexualmente pelo menos cinco crianças.
Em setembro do ano passado, o Papa Francisco afastou do sacerdócio o padre Fernando Karadima, que está no epicentro do escândalo de abusos sexuais no Chile. Karadima, de 88 anos, já tinha sido condenado em 2011, pela justiça canónica, a uma vida de reclusão e penitência pelos abusos sexuais.
Para combater o flagelo dos abusos sexuais na Igreja Católica, o Vaticano realizou, no passado mês de fevereiro, uma cimeira com bispos de todo o mundo.
No discurso de encerramento da cimeira sobre abusos sexuais e proteção de menores, que decorreu ao longo dos últimos quatro dias em Roma, o Papa Francisco deu oito orientações para se combater o fenómeno na Igreja e no resto da sociedade, e de acompanhamento das vítimas.