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As IPSS vão poder reabrir a resposta social Centro de Dia a partir do dia 15 de agosto. A reabertura das atividades de apoio social vai "concretizar-se de forma faseada", indica em comunicado a CNIS.
A Confederação explica que é preciso ter em conta o "risco, ainda prevalecente, de contágio e propagação da Covid-19, bem como o facto dos utentes dos Centros de Dia constituírem um grupo particularmente vulnerável".
Por isso, é preciso que sejam cumpridas as regras de segurança estipuladas pela Direção-Geral da Saúde e pela Segurança Social.
Em declarações à Renascença o presidente da CNIS, padre Lino Maia, explica que é importante cada instituição avaliar a sua situação.
"A partir deste dia 15 de Agosto a primeira possibilidade é que centros de dia que não estejam em comum com outras instalações, com outras valências, para evitar contactos e para ser com mais cautela. Depois, aqueles centros de dia que têm instalações comuns a outras valências, esses é preciso acertar entre a instituição, Segurança Social e Saúde, para ver as possibilidades de irem abrindo ou arranjar-se instalações alternativas. "
O guião com essas orientações já foi enviado para as instituições de solidariedade social.
Assim, a reabertura dos Centros de Dia implica que o regresso dos utentes que integrem grupos de risco seja “previamente submetido a uma avaliação pelo médico assistente, ponderando risco e benefícios”.
As autoridades pedem "o respeito pelo distanciamento físico de cerca de dois metros entre os utentes e sugerem que, sempre que possível, sejam promovidas atividades no espaço exterior".
O documento (que pode ser consultado aqui) apresenta um conjunto de recomendações, entre outras, medidas de etiqueta respiratória, higiene correta das mãos, controlo ambiental ou atuação perante um caso suspeito.
Recorde-se que os Centros de Dia estavam suspensos por causa da Covid-19 desde 16 de de março.
A CNIS reconhece que "a resposta social Centro de Dia assume-se como resposta fundamental para proporcionar bem-estar social, físico-motor, psicológico, promovendo a autoestima das pessoas idosas".
Para além do apoio direto prestado à pessoa idosa, a Confederação admite que "estas respostas revestem-se de particular importância no apoio aos cuidadores, tendo em conta as realidades sociais que o envelhecimento apresenta e que se prendem com o aumento da dependência, o isolamento e eventual exclusão por barreiras sociais e físicas". Daí, sublinha, "a reabertura desta resposta social é fundamental".
O padre Lino Maia reafirma a necessidade da avaliação caso a caso.
"Não temos pressa, isto tem de ser visto caso a caso. É importante acertar saúde, Segurança Social e a própria instituição. O ideal, repito, é que se consigam instalações alternativas, para que de facto não haja contacto com utentes de outras valências, isso é importante. Não haja pressa, haja moderação, cautela e confiança, são as palavras a aplicar", diz.
[Notícia atualizada às 18h38]