Reino Unido. Liz Truss apresenta demissão
20-10-2022 - 13:25
 • Cristina Nascimento

Foi a primeira-ministra britânica que esteve menos tempo nestas funções: 45 dias.

A primeira-ministra britânica Liz Truss apresentou a sua demissão do cargo, depois de cerca de seis semanas como líder do executivo.

"Dada a situação, reconheço que não posso cumprir o meu mandato", disse Truss numa curta declaração à porta do número 10 de Downing Street.

Liz Truss revelou que já falou com o Rei Carlos III para comunicar a sua saída e garantiu que manter-se-á no cargo até que haja um sucessor.

O próximo primeiro-ministro britânico será escolhido pelo Partido Conservador que agora terá de escolher novo líder que, por inerência, será o novo líder do executivo britânico.

O substituto deverá ser conhecido na próxima semana.

Elizabeth Truss, 47 anos, lembrou que assumiu funções “num momento de grande instabilidade económica e internacional” e considerou que o Reino Unido esteve "muito tempo condicionado pelo baixo crescimento económico”, acrescentando que tinha sido mandatada para mudar esse cenário.

A primeira-ministra sai ao fim de 45 dias, depois de forte contestação pela forma como conduziu a questão em torno do orçamento. Liz Truss chegou a pedir desculpas pelos erros cometidos pelo governo britânico, desde que tomou posse.

Os rumores da sua demissão já circulavam há vários dias, ao ponto de ter sido colocado um desafio no Youtube sobre quem duraria mais: se Liz Truss no cargo de primeira-ministra ou a frescura de uma alface.

Quem sucede a Liz Truss?

O sucessor de Liz Truss na liderança do Partido Conservador e do Governo britânico deverá ser conhecido até 28 de outubro, anunciou o responsável pela eleição interna, Graham Brady.

"Falei com o presidente do partido, Jake Berry, e ele confirmou que será possível realizar uma votação e concluir a eleição sobre a liderança até sexta-feira, 28 de outubro", disse o presidente do chamado Comité 1922.

Entre os possíveis candidatos estão o antigo ministro das Finanças Rishi Sunak e Penny Mordaunt, antiga ministra da Defesa, indica a agência Reuters.

O antigo primeiro-ministro Boris Johnson é outro dos nomes apontados, pelo editor de Política do jornal The Times, Steven Swinford.