Caixa Geral de Depósitos garante que “defende interesses” dos reformados e pequenos clientes
10-10-2019 - 16:05
 • Renascença

Banco público responde assim ao aumento de vários serviços do seu tarifário, que penalizam os clientes com rendimentos mais baixos, ao mesma tempo que diminui as comissões para quem domicilia ordenados robustos ou tem património superior a 50.000 euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou, esta quinta-feira, em comunicado, que “isenta de qualquer comissão de gestão” mais de “um milhão de clientes, dos quais mais de 390 mil reformados”.

Trata-se da resposta do banco público às notícias sobre o aumento das comissões em vários serviços, de que é exemplo um custo de 88,4 cêntimos por cada operação na aplicação MB Way.

O aumento dos custos para os clientes foi analisado pelo “Público”, que concluiu que existe um aumento de 14% na manutenção da conta à ordem mais barata, denominada “Conta S”, que substituiu a conta reformado

A CGD argumenta que a “Conta S” continua a ser “a mais competitiva do mercado” e que o aumento do número de serviços associados motivou “um acréscimo de 40 cêntimos por mês para os clientes com bonificação (menos de 1,5 cêntimos por dia) e de 95 cêntimos por mês para os restantes clientes desta conta (menos de três cêntimos por dia)”.

O comunicado não refere outro aspeto destacado em vários órgãos de comunicação social: o desconto que passa a ser atribuído aos clientes com domiciliação de ordenado acima de 2.250 euros mensais ou que tenham património financeiro acima de 50 mil euros. Nesses casos, o custo de manutenção cai de sete euros mensais (84 euros anuais) para cinco euros (60 euros ao ano).

As outras ofertas do banco

No texto enviado às redações, a CGD frisa que “isenta, de comissões de gestão de conta à ordem, reformados com uma pensão de reforma e outros clientes com rendimentos inferiores a uma vez e meia o salário mínimo nacional”.

Por outro lado, destaca a Conta de Serviços Mínimo, em que tem “cerca de 50% de quota de mercado”. Trata-se de um serviço gratuito para quem tem “salários ou pensões inferiores ao salário mínimo nacional”. Para os restantes, “o custo será de 34 cêntimos por mês”, explica-se.