As relações entre os dois países da NATO estão tensas. Os Estados Unidos apoiam a Unidade de Proteção Popular (YPG), grupo armado da região do Curdistão, que a Turquia afirma fazerem parte do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), organização que o Governo turco afirma usar terrorismo contra civis para atingir o seu fim – a independência do Curdistão.
Na rede social Twitter, o Donal Trump ameaçou "devastar economicamente" a Turquia, se esta atacar os YPG, um aliado dos EUA no norte da Síria.
O porta-vos do Presidente turco respondeu, também no Twitter, que “os terroristas não podem ser parceiros e aiados”.
A crise diplomática entre os dois países teve início no ano passado, quando Trump impôs sanções a dois ministros de Erdogan e aumentou as taxas sobre as exportações de metais da Turquia, que atirou a lira turca para um mínimo recorde.
No final de 2018, Donald Trump comunicou que iria dar início à retirada de miliares da Síria, afirmando que a missão de derrotar o auto-proclamado Estado Islâmico estava cumprida. Desde esse momento, surgiram várias vozes críticas a essa medida e a retirada acabou por ser apenas de equipamentos e não de tropas.
O diretor de comunicação de Erdogan, Fahrettin Altun, disse que a “Turquia vai continuar a sua luta contra o terrorismo” e que é um defensor dos curdos, não o seu inimigo.
“Terror é terror e deve ser combatido na sua origem. Isso é exatamente o que a Turquia está a fazer na Síria”, escreveu Fahrettin Altun no Twitter.
A Turquia tem combatido grupos armados em Afrin, na Síria, ao longo dos últimos dois anos, e ameaça avançar para outras regiões.
As Forças Democráticas da Síria, apoiadas pelos EUA, afirmaram no passado domingo que militantes do auto-proclamado Estado Islâmico “vivem os últimos momentos" no último enclave que mantêm perto da fronteira com o Iraque.