Jovens promovem maratona mundial de leitura em apoio às mulheres iranianas e afegãs
24-01-2023 - 10:53
 • Olímpia Mairos

A iniciativa denominada “Ars narrandi, ars Vivendi” pretende ser um grito simbólico de protesto e conquista pelos direitos das mulheres que naqueles países se manifestam pelos seus direitos e pela sua liberdade.

Os jovens da Economia de Francisco vão promover no dia 28 de janeiro, em Assis, Itália, uma maratona de leitura mundial em apoio aos direitos das mulheres afegãs e iranianas.

A iniciativa denominada “Ars narrandi, ars Vivendi” pretende ser um grito simbólico de protesto e conquista pelos direitos das mulheres que naqueles países se manifestam pelos seus direitos e pela sua liberdade.

O encontro propõe a leitura de “As Mil e Uma Noites”, a famosa coleção de romances árabes, que conta a história de Scheherazade, a heroína que se salvou e salvou outras mulheres do Rei Shahriyar.

De acordo com o portal de Notícias do Vaticano, o objetivo é convidar outras cidades a organizarem leituras e um debate público sobre o que está a acontecer no Irão e no Afeganistão. Particularmente no Irão, onde começaram os protestos pela morte de Mahsa Amini, que foi detida e presa em setembro passado porque não estava usando o hijab corretamente.

Para os membros da Economia de Francisco, a leitura é o meio que os jovens devem ter, para falar em alta voz e serem ouvidos.

Assinalando que hoje, todas as questões sociais e políticas são espalhadas tão rapidamente quanto são removidas, os jovens entendem que “devemos permanecer vigilantes e lutar pela liberdade de todas aquelas mulheres que não podem fazer ouvir sua voz”.

“É por isso que é necessário estar vigilante, como sentinelas que guardam um problema para o qual (talvez) não há solução imediata, mas com respeito, ao qual não se pode virar para o outro lado”, acrescentam.

Os jovens esclarecem ainda que estão a “fazer o que pediram as pessoas a quem o evento é dedicado: ‘façam ouvir as nossas vozes, não se esqueçam de nós’”.

“Sentimos o dever – continuam os organizadores - de estar ao lado das mulheres iranianas e afegãs que lutam pela sua liberdade e ao lado de todos os jovens que estão tentando construir um futuro melhor. E fá-lo-emos com palavras”.