Protecção Civil. Há pelo menos 31 mortos confirmados nos incêndios
16-10-2017 - 10:38

As vítimas mortais foram registadas nos distritos de Coimbra, Aveiro, Castelo Branco e Viseu.

Pelo menos 31 pessoas morreram nas centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia do ano em fogos. A informação foi confirmada por Patrícia Gaspar, da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC), após o briefing feito pelas 11h00 desta segunda-feira.

Há ainda cinco pessoas desaparecidas, entre as quais um bebé de de um mês.

Os mortos foram registados nos distritos de Viseu (17), Coimbra (11), Guarda (2) e Castelo Branco (1).

Em Viseu, foram registadas vítimas mortais em Vouzela (quatro), Nelas (um), Santa Comba Dão (quatro), São Jorge/Santa Comba Dão (um) Carregal do Sal (dois), Tondela (três) e na Auto Estrada 25 (um).

De acordo com a ANPC, no distrito de Coimbra registaram-se vítimas mortais em Penacova (duas), Oliveira do Hospital (cinco), Coja (um), Tábua (dois) e Arganil (dois).

No distrito da Guarda morreram duas pessoas e na Sertã (Castelo Branco) uma.

Patrícia Gaspar adiantou ainda a existência de 51 feridos, 15 dos quais em estado considerados graves, de acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

"É o apuramento possível a estar hora", diz Patrícia Gaspar, acrescentando que há vítimas mortais encontradas "na via pública, em barracões agrícolas e outros decorrentes de um acidente de viação na A25".

De acordo com a mesma fonte, nesta altura há 145 fogos activos, 32 deles considerados preocupantes.

Patrícia Gaspar afirmou que o número de mortos é provisório e que há zonas onde os meios de socorro ainda não conseguiram chegar, pelo que pode aumentar.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 20 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal accionou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.

[notícia actualizada às 13h20]