Um ano e meio depois, inquérito a crimes ambientais no Tejo está por concluir
14-05-2019 - 15:20
 • Marina Pimentel

PGR diz à Renascença que não há sequer arguidos constituídos no âmbito do inquérito aberto no final de janeiro de 2018.

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Quase um ano e meio depois, não está concluída a investigação do Ministério Público às suspeitas de crime ambiental no rio Tejo, nem há sequer arguidos constituídos, de acordo com informações avançadas à Renascença esta terça-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O Ministério Público instaurou um inquérito a 28 de janeiro de 2018 às empresas de Vila Velha de Ródão suspeitas do crime, na sequência de uma participação de crime de poluição do rio Tejo apresentada pelo Ministério do Ambiente.

A investigação criminal foi, desde o início, dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Castelo Branco, com o apoio da Polícia Judiciária (PJ) de Coimbra e da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).

Em resposta a uma solicitação da Renascença, o gabinete de Lucília Gago informa que "o inquérito prossegue em segredo de Justiça e sem arguidos constituídos".

A Celtejo, fábrica de papel da Alti, em Vila Velha de Ródão, foi apontada como a grande responsável pelo manto de espuma branca que cobriu o açude de Abrantes e uma zona de Alvega em janeiro de 2018, um cenário que as associações ambientalistas na altura classificaram de "dantesco".

No entanto, a empresa de celulose sempre rejeitou qualquer responsabilidade pela descarga poluente. Segundo adiantou a empresa na altura em que os factos ocorreram, estariam ainda a ser investigadas outras duas empresas de papel: a Navigator e a Paper Prime.