Campanha da PSP sobre "Baleia Azul". "Se entras no jogo é para perder"
05-05-2017 - 11:26

Vários cartazes serão difundidos pelas principais redes sociais e distribuídos por escolas da área metropolitana de Lisboa.

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A PSP de Lisboa lançou uma campanha onde alerta para os perigos do jogo "Baleia Azul", que atribui tarefas, entre as quais cortar "o braço com uma lâmina" ou furar "a mão com uma agulha".

"Considerando os últimos acontecimentos relacionados com o jogo 'Baleia Azul' e não sendo alheio a toda esta realidade, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP lança a partir desta sexta-feira uma campanha no sentido de contribuir para o aumento da consciencialização social das crianças e jovens bem como dos pais, sobre os perigos do referido jogo e difundir algumas formas de prevenção, no seguimento da apresentação já lançada no facebook da PSP", refere a nota de imprensa.

Vários cartazes vão ser difundidos pelas principais redes sociais e distribuídos pelos diversos estabelecimentos de ensino da área metropolitana de Lisboa.

Na mesma nota, a PSP apela aos "colegas da escola que suspeitarem de algum comportamento anómalo, e na perspectiva de ajuda, deverão alertar os directores de turma, professores e/ou os psicólogos escolares".

O "Baleia Azul", que nasceu na Rússia e no Brasil e já chegou a Portugal, incita, através da internet, jovens à automutilação e ao suicídio. O "jogo" consiste na atribuição de 50 tarefas, entre as quais "corte o braço com uma lâmina" ou "fure a mão com uma agulha".

Os administradores do jogo enviam ainda filmes e músicas que os jovens têm de ouvir. Depois, levam a que estes avancem para a automutilação. A última tarefa é o suicídio. As vítimas são normalmente menores fragilizados a quem são feitas ameaças, pessoais e à família, em caso de abandono do jogo.

O Ministério Público já abriu três inquéritos relacionadas com esta prática. A Procuradoria-Geral da República admite bloquear hiperligações para combater este jogo.

Se precisa de ajuda ou tem dúvidas sobre este tipo de problemas, contacte um médico especialista ou um dos vários serviços e linhas de apoio (gratuitas), como a Saúde 24 (808 24 24 24), o SOS Criança (116 111), a Linha Jovem (800 208 020) ou o S.O.S. Adolescente (800 202 484).