Numa época em que o "Halloween" se enraizou, de algum modo, na sociedade portuguesa, a greve da função pública desta quinta-feira, véspera de feriado, estragou a festa em muitas escolas do país.
A paralisação está a afetar vários serviços públicos em todo o país, com destaque para as escolas e serviços de saúde.
Durante a manhã, a Renascença esteve na Escola Básica Joaquim Nicolau de Almeida, em Vila Nova de Gaia, uma das que não abriu portas esta manhã.
À medida que chegavam, os encarregados de educação mostravam a sua indignação à funcionária do ATL da escola, que lhes dizia que os seus filhos só podem lá permanecer até às 9h00.
"As expectativas foram defraudadas", lamenta o pai Jorge Pedro, numa referência ao Halloween.
"Foi enfeitada a escola e à última hora depois acaba por não haver aulas, para além de isto ser prejudicial para as aprendizagens..."
A mão Mariana Ximenes critica o facto de a paralisação acontecer antes de um fim de semana prolongado e com nova greve agendada já para segunda feira.
"Greves encostadas a fim de semana e feriados não ajudam na luta de quem quer defender os seus direitos. Coloca os pais contra estas coisas, parecem férias prolongadas", desabafa.
Outra mãe, Caroline Cavalcante, sublinha que os maiores prejudicados das consecutivas paralisações "são as crianças" porque "perdem muita matéria".
"Não sabemos se as aulas ficam de facto perdidas e não há reposta em momento nenhum. Isso gera uma certa preocupação", diz.
A greves marcadas para esta quinta-feira e a da próxima segunda-feira foram convocadas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS), que avança uma adesão de 90% dos trabalhadores. Para o setor da educação, o STTS defende a criação do estatuto do pessoal de ação educativa.