PSP regista prejuízos de mais de 200 mil euros em furtos a residências
15-05-2024 - 14:57
 • Lusa

A PSP explica que os suspeitos abordam as vítimas nas suas residências, tocam à campainha e utilizam várias formas para ganhar a confiança dos lesados, como solicitar a utilização da casa de banho.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) registou, desde o início do ano, um aumento de crimes de furto em interior de residência através do método de engano, resultando em prejuízos de mais de 200 mil euros.

De acordo com um comunicado da PSP, os suspeitos atuam em grupo de duas ou quatro pessoas e escolhem preferencialmente idosos e pessoas vulneráveis que "vivem sozinhas ou em casa isoladas".

"Ao contrário dos furtos em interior de residência "comuns", neste método os suspeitos escolhem os seus alvos com base nas próprias vítimas e não nas residências", relata.

A PSP explica que os suspeitos abordam as vítimas nas suas residências, tocam à campainha e utilizam várias formas para ganhar a confiança dos lesados, como solicitar a utilização da casa de banho.

"Um dos suspeitos fica incumbido de distrair a vítima, enquanto os restantes procuram bens de valor e de fácil dissimulação, como ouro, joias e dinheiro", explana, acrescentando que outro elemento, "em regra do sexo masculino, permanece no exterior da habitação, numa viatura, facilitando assim a fuga".

A maioria dos furtos é praticada em dias de semana e em horários diurnos.

Entre outros métodos para conseguirem aceder ao interior das residências, os suspeitos fazem-se passar por empregadas de limpeza, solicitam um copo de água alegando que alguém tem de tomar medicação, mostram-se interessados em comprar ou arrendar um imóvel, recorrem a crianças, entre os 6 e os 10 anos, alegando que têm fome ou que necessitam de ir à casa de banho e pedem uma caneta e um papel para deixar um recado a um vizinho.

No método do recado, os suspeitos escrevem a nota na presença da vítima, vagarosamente, para que outros tenham tempo de aceder às divisões da casa.

A PSP aconselha as pessoas a contactarem as autoridades, se detetarem "algum movimento estranho no seu prédio ou bairro", a falarem com os agentes de proximidade e transmitirem-lhes todos os pormenores que possam parecer suspeitos e a não abrirem a porta se alguém bater para pedir informações.