Tiroteio em Bruxelas. Salah Abdeslam condenado a 20 anos de prisão
23-04-2018 - 09:23

Tribunal belga considerou-o culpado pela tentativa de assassinato durante o tiroteio contra a polícia em 2016.

Um tribunal de Bruxelas considerou Salah Abdeslam culpado da tentativa de assassínio de cariz terrorista pela participação num tiroteio com a polícia belga, a 15 de março de 2016, na capital belga, que culminou com a sua detenção. Francês de origem marroquina, nascido em Bruxelas, há 28 anos, foi condenado a 20 anos de prisão.

A sua fixação no radicalismo não deixa margem para dúvida”, considerou o tribunal, lembrando que foram usadas armas de guerra no tiroteio.

Salah, o único sobrevivente de uma célula jihadista que levou a cabo os atentados de Paris, em Novembro de 2015, foi detido no bairro de Molenbeek depois de meses em fuga.

Foi julgado juntamente com o alegado cúmplice Sofiane Ayari, de 24 anos, que também foi condenado a 20 anos.

Durante o julgamento recusou responder a responder a quaisquer questões e também não esteve presente na leitura do acórdão.

Abdeslam está detido numa prisão em França, onde aguarda julgamento pelo seu envolvimento nos atentados de Paris, que fizeram 130 vítimas mortais e vários feridos.

De acordo com a Procuradoria federal belga, os atentados de Paris e de Bruxelas, bem como o ataque gorado no comboio de alta velocidade Thalys entre Amesterdão e Paris, em agosto de 2015, estão relacionados e resultam, “provavelmente, de uma única operação” do grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico.

Abdeslam é suspeito de ter desempenhado um papel fundamental nos preparativos dos ataques mais mortíferos alguma vez cometidos em França, ao alugar os carros utilizados nos atentados, os apartamentos utilizados pelos elementos da célula terrorista e ao transportar membros desta através da Europa.

Na noite de 13 de novembro, também transportava um cinto de explosivos, desconhecendo-se ainda se não se fez explodir por problema técnico ou por ter mudado de ideias, mas esse julgamento terá lugar em França, depois do processo em Bruxelas.