Conselho de Segurança. EUA e Europa condenam "instrumentalização orquestrada de seres humanos"
12-11-2021 - 00:56
 • Lusa

Declaração refere que o objetivo da Bielorrússia é "desestabilizar os países vizinhos" e "desviar a atenção das suas próprias crescentes violações dos direitos humanos".

Os membros europeus e norte-americano do Conselho de Segurança da ONU condenaram, esta quinta-feira, numa declaração conjunta, o que dizem ser a "instrumentalização orquestrada de seres humanos" pela Bielorrússia na fronteira com a Polónia, para "desestabilizar a fronteira externa da União Europeia".

No final de uma reunião de emergência à porta fechada convocada pela Estónia, França e Irlanda, os seis países em questão (juntamente com os Estados Unidos, Noruega e Reino Unido) afirmaram na sua declaração que o objetivo da Bielorrússia era também "desestabilizar os países vizinhos" e "desviar a atenção das suas próprias crescentes violações dos direitos humanos".

A sessão de emergência durou pouco mais de meia hora. A declaração não menciona a Rússia, que tem apoiado a Bielorrússia desde o início da crise e que, antes da reunião, tinha negado as acusações ocidentais, assegurando que não estava envolvida com Minsk no envio de migrantes para a fronteira com a Polónia.

"Esta tática é inaceitável e pede fortes reação e cooperação internacionais para pedir contas à Bielorrússia", disseram os signatários da declaração lida pelo embaixador estónio Sven Jürgenson, sem, contudo, mencionar quaisquer medidas concretas.

"Mostra como o regime de (Alexander) Lukashenko se tornou uma ameaça à estabilidade regional. Exortamos as autoridades bielorrussas a porem termo a estas ações desumanas e a não porem em risco a vida das pessoas", acrescentaram. Os signatários expressaram também a sua "solidariedade com a Polónia e a Lituânia".

"[Nós] estamos prontos para debater novas medidas que podemos adotar para os apoiar e visar os envolvidos que contribuem para as atividades do regime de Lukashenko que facilitam a passagem ilegal das fronteiras externas da UE", disseram.