Mais de mil milhões de euros em seis meses. Receita fiscal cresce mais que a economia
11-10-2018 - 15:00
 • Sandra Afonso

Conselho das Finanças Públicas diz que a carga fiscal voltou a aumentar nos primeiros seis meses do ano, representando uma subida de 3,8% face ao mesmo período do ano passado.

Entre impostos e contribuições, o Estado arrecadou mais 1.141 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano e conta manter o aumento da carga fiscal, ajudado pelos impostos indiretos e pela recuperação do mercado de trabalho.

Os dados são avançados nesta quinta-feira pelo Conselho das Finanças Públicas, segundo o qual as receitas fiscais já estão acima do objetivo do Governo para o ano.

Mesmo assim, o executivo de António Costa esperava um aumento maior dos impostos indiretos, tais como IVA, imposto sobre os combustíveis, património, tabaco e álcool, entre outros.

O organismo liderado por Teodora Cardoso mantém ainda a projeção de 0,5% para o défice de 2018, abaixo dos 0,7% esperados pelo Governo – isto, porque contam com um segundo semestre mais favorável em termos de receita.

O défice disparou no primeiro semestre com despesas temporárias e chegou a 1,9% do PIB até junho. Entre essas despesas está a recapitalização do Novo Banco, pagamentos por decisões judiciais, despesa extraordinária com incêndios e lesados do BES – gastos que representaram mais de metade do défice e que não se repetem.