Da jornada europeia de ontem da fase de qualificação do Campeonato da Europa de 2024, avulta a sensacional e inesperada derrota da Espanha frente à intensa, vertical e física selecção da Escócia, ontem à noite, no Hampden Park, na cidade de Glasgow.

No momento em que os escoceses celebram 150 anos de futebol, não haveria prémio maior para a sua selecção do que vencer a Espanha, uma reconhecida potência do futebol mundial, devidamente festejado por cinquenta mil adeptos que seguiram entusiasmados os noventa minutos de jogo num dos mais históricos estádios do velho continente.

O novo seleccionador do país vizinho, Luis de la Fuente, recentemente entronizado no lugar que foi ocupado com sucesso durante alguns anos por Luis Henrique, iniciara a fase actual com uma vitória robusta por 3-0 sobre a Noruega, mas que não teve repercussão no desafio de ontem à noite na Escócia.

Desde logo, porque de la Fuente procedeu a uma verdadeira revolução tendo feito oito alterações em relação ao jogo anterior, não incluindo no onze inicial qualquer jogador do Barcelona. Porro, recentemente transferido do Sporting para o Tottenham, foi utilizado apenas durante os primeiros quarenta e cinco minutos, período em que protagonizou um deslize que viria a proporcionar o primeiro golo escocês. Depois, Carvajal, que viria a substituir Porro, acabou se transformar num dos grandes carrascos da selecção espanhola, apontado por toda a imprensa como um dos culpados da derrota sofrida.

Apesar de à segunda jornada nada ter ficado decidido quanto ao apuramento, a verdade é que a Espanha termina esta série em segundo lugar, com apenas três pontos, contra os seis da Escócia, que entrou fulgurantemente no Europeu, com o objectivo de conseguir chegar ao fim num dos dois primeiros lugares do Grupo A.