Já foi recuperada grande parte dos 170 azulejos do século XVII que foram roubados do Mosteiro de São Bernardo, em Odivelas. A garantia foi dada à Renascença pelo presidente da autarquia.
“Grande parte, senão a totalidade dos azulejos, já foram recuperados. Da parte da Câmara Municipal fizemos tudo ao nosso alcance, desde o primeiro furto, junto das entidades competentes”, afirmou Hugo Martins, acrescentando que a partir desta segunda-feira o edifício mandado construir por D. Dinis passa a ser gerido pela autarquia.
O caso foi tornado público na sequência de um artigo publicado no blogue Movimento Fórum Cidadania Lisboa, da autoria da professora de História da Arte Raquel Silva, segundo o qual na manhã do dia 19 de dezembro houve um alerta para o desaparecimento de 101 azulejos do século XVII do Mosteiro da cidade, local onde está sepultado o rei D. Dinis.
Além do dia 19, a Câmara de Odivelas confirmou que ocorreram furtos também durante a noite dos dias 21 e 25 de dezembro.
Neste momento decorrem no Mosteiro de São Bernardo obras de conservação da cobertura e restauro do Túmulo de D. Dinis, uma intervenção da responsabilidade da Câmara de Odivelas e da Direção-Geral do Património, no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Lisboa 2020.
Obras do Metro
Outra novidade deixada pelo autarca é de que as obras no Metro de Lisboa não vão implicar maior tempo de viagem para quem vai de Odivelas para o centro da cidade. O autarca diz que tem garantias do Governo de que parte das ligações, sobretudo nas horas de ponta, vão seguir diretamente para Lisboa, sem necessidade de transbordo, mesmo depois da abertura da linha circular.
“Tenho uma carta escrita pelo punho do sr. ministro que a linha amarela terá partilha com a futura linha circular, principalmente nas horas de ponta. Portanto, era impossível que na área norte de Lisboa, que todos os cidadãos tivessem que fazer transbordo no Campo Grande”, explicou.